Imposto da folha de pagamentos depende da conclusão da reforma tributária, diz Haddad

O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, afirmou na manhã desta quarta (22) que a discussão sobre reonerar ou não a folha de pagamentos dos 17 setores que mais empregam no país precisa ser feita apenas após a regulamentação da reforma tributária – em especial o IVA, o Imposto sobre Valor Agregado que vai unir três impostos federais (PIS, Cofins e IPI) e dois estaduais e municipais (ICMS e ISS).

A afirmação foi dada durante uma audiência pública na Câmara dos Deputados em que foi convidado para explicar o andamento das políticas econômicas do país. Além da folha de pagamentos, ele criticou o que seria um déficit herdado de Jair Bolsonaro (PL) de até R$ 300 bilhões.

Haddad foi cobrado por uma solução à desoneração da folha, que está garantida até o final deste ano e em discussão para se reonerar gradualmente a partir do ano que vem. Ele, no entanto, afirmou que isso só pode efetivamente ser tocado após se definir o IVA.

“Não podemos atropelar o processo, temos que terminar a reforma do IVA. A reforma tributária tem que ser concluída para que possamos abrir uma nova agenda sobre renda e folha. Se encavalarmos o processo, vamos correr o risco de paralisar um ciclo virtuoso de reformas que não terminam com a do consumo. Temos que trazer ao Congresso aquilo que está maduro para ser aprovado”, disse o ministro.

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