Homem flagrado com fuzis é suspeito de traficar armas para abastecer facçãoRui Fernandes Nunes de Oliveira foi preso em flagrante em Ponta Porã, na BR-463

Por Viviane Oliveira – CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

Sob suspeita de atuar no envio de armamento pesado para o Brasil, Rui Fernandes Nunes de Oliveira, de 31 anos, preso no começo da semana, em Ponta Porã na BR-463, com quatro fuzis calibre 7,62 e sete pistolas 9 milímetros, além de sete carregadores, vai continuar atrás das grades. Ele passou por audiência de custódia nesta terça-feira (28) e teve a prisão convertida em preventiva pela juíza Ana Cláudia Manikowski Annes. Na ocasião também foi autorizada a quebra do sigilo telefônico do suspeito.

Conforme o auto de prisão em flagrante, há indícios de que o custodiado possui contato com organismo criminoso que atua no envio de armamento pesado para o Brasil, contratado especificamente para realizar o transporte do ilícito.

“Nesse sentido é que a autoridade impetrada, ao fundamentar a sentença judicial, observa que o motivo do crime é o fornecimento de armas para traficantes do Rio de Janeiro/RJ, circunstância, inclusive, confessada pelo paciente. Trata-se, bem assim, de armas de uso restrito importadas ilegalmente do Paraguai (seis pistolas calibre 9mm)”, destacou a juíza.

Caso – O armamento estava em compartimento oculto de um Hyundai HB20, conduzido por Rui, morador em Rondonópolis (MT). Para tentar enganar a polícia, ele viajava com a mulher e os dois filhos, de 9 e 15 anos. Ele informou que as armas seriam levadas para o Rio de Janeiro, o que levanta suspeita de envolvimento da facção criminosa carioca Comando Vermelho.

“Além disso, ressalto a audácia da empreitada criminosa, já que o flagrado se deslocou de município de outro Estado da Federação (Mato Grosso) distante 10 horas deste local para o cometimento do crime. Ainda, tinha consigo no veículo sua família, incluindo dois menores, o que dificulta/despistar a fiscalização”, conforme a juíza.

De grande poder de impacto, os fuzis são da marca norte-americana Colt e cada um custa R$ 70 mil na capital carioca. As pistolas são da marca Glock, fabricadas na Áustria, e cada uma vale em média R$ 15 mil. Policiais da delegacia da PRF em Dourados faziam fiscalização na rodovia quando pararam o HB20 com placa de Mato Grosso e desconfiaram do nervosismo exacerbado apresentado pelo motorista, que estava com as mãos trêmulas.

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