A eleição de domingo foi a mais importante em anos, com o futuro da Venezuela em jogo
O Kremlin descartou nesta terça-feira (30) como absurdas as afirmações da inteligência dos Estados Unidos de que a Rússia está tentando se intrometer na eleição presidencial e disse que os espiões dos EUA estavam tentando colocar a Rússia como inimiga.
A inteligência dos EUA afirmou que a Rússia continua sendo a “ameaça predominante” às eleições norte-americanas e que Moscou está usando um arsenal complexo de ferramentas para apoiar um dos candidatos e semear divisões.
“Quanto a essas acusações, elas são absurdas e nós as rejeitamos veementemente”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, quando perguntado sobre os relatos de Washington.
A eleição de domingo foi a mais importante em anos, com o futuro da Venezuela em jogo.
Muitos jovens apoiadores da oposição disseram que deixariam o país se o líder autoritário Nicolás Maduro fosse reeleito, apontando para o colapso devastador da economia do país e a repressão violenta sob o seu governo. Mas a oposição também se mostrou energizada, apresentando ao establishment governante o seu maior desafio em 25 anos.
Embora Maduro tenha prometido eleições justas e livres, o processo foi marcado por alegações de irregularidades – com figuras da oposição detidas, o principal líder da oposição proibido de concorrer, meios de comunicação bloqueados e venezuelanos estrangeiros em grande parte impossibilitados de votar.
É por isso que, embora Maduro tenha sido formalmente nomeado vencedor pelo órgão eleitoral do país – que é constituído pelos aliados do presidente – a oposição rejeitou os resultados e outros líderes latino-americanos se recusaram a reconhecer a sua vitória.