Vítima de ataque em bar possuía medida protetiva contra autor dos disparos

por Cristina Nunes

Kimberlyn Lunelli, 23 anos, vítima de tentativa de feminicídio na noite de quarta-feira (22), possuía medida protetiva contra Luan Gondin de Souza, autor dos disparos que deixou a jovem em estado grave e matou  Vanderson Raynnan, 24 anos, com quem ela estava se relacionando recentemente.

A Polícia Civil confirmou que Luan já era procurado por ameaçar de morte a ex-companheira.

Em entrevista coletiva, o delegado do SIG, Erasmo Cubas, detalhou a dinâmica do crime e revelou que Luan chegou ao local com a clara intenção de matar tanto Kimberlyn quanto Vanderson. 

“Ele deixou a motocicleta em um local escuro, desceu a pé e foi direto para a mesa onde o casal estava. Efetuou cinco disparos contra Vanderson e, em seguida, mais sete contra Kimberlyn, que foi atingida nas costas”, afirmou o delegado. A pistola 9mm usada no crime foi apreendida. 

A medida protetiva em favor de Kimberlyn havia sido expedida pela Justiça de Itaporã, cidade onde ela estava residindo. A decisão judicial ocorreu após a vítima denunciar as constantes ameaças de morte por parte de Luan.

Conforme o delegado Erasmo Cubas, em diversas oportunidades, Luan havia deixado claro que não aceitava o fim do relacionamento e que mataria Kimberlyn caso ela iniciasse um novo relacionamento.

“A Polícia Civil de Itaporã já estava à procura de Luan desde que as ameaças se intensificaram”, afirmou Cubas. 

O autor do assassinato, que já cometeu o mesmo tipo de crime em 2022, foi preso em flagrante e autuado por homicídio e tentativa de feminicídio. Kimberlyn segue internada em estado grave no Hospital da Vida. 

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