Mato Grosso do Sul enfrenta alta incidência de chikungunya e registra 16 mortes em 2025

  • por Luiz Guilherme

O Mato Grosso do Sul vive um cenário preocupante em relação à chikungunya. De acordo com o Boletim Epidemiológico da SES (Secretaria Estadual de Saúde), divulgado nesta quarta-feira (27/8), e atualizado até a Semana Epidemiológica 34 (23 de agosto de 2025), já são 13.716 casos prováveis da doença no estado. Desses, 7.086 foram confirmados e 16 mortes foram registradas. Além disso, 71 gestantes tiveram diagnóstico confirmado.

Embora os números absolutos chamem atenção nas cidades mais populosas, é no interior que a situação se mostra mais alarmante quando se observa a taxa de incidência — isto é, o número de casos por 100 mil habitantes.

O município de Jateí lidera o ranking, com 11.740 casos por 100 mil habitantes, seguido de Terenos (6.565), Glória de Dourados (6.510) e Sonora (5.476). Já em números absolutos, Maracaju desponta com 2.166 casos prováveis, seguido de Campo Grande, com 309 registros — embora a cidade apareça na faixa de baixa incidência devido à grande população.

As mortes confirmadas ocorreram em diferentes municípios do estado, como Maracaju, Dourados, Fátima do Sul, Vicentina, Naviraí e Iguatemi. O perfil das vítimas revela uma predominância de pessoas idosas, com comorbidades como hipertensão, diabetes e cardiopatias.

No entanto, chama atenção o registro de uma morte em Iguatemi, de uma jovem de apenas 28 anos, reforçando que a doença pode ser grave em diferentes faixas etárias.

Gestantes em alerta

Outro ponto de preocupação são os 71 casos confirmados em gestantes. Segundo o Ministério da Saúde, a infecção durante a gravidez pode trazer complicações tanto para a mãe quanto para o bebê, exigindo acompanhamento médico rigoroso.

Baixa incidência nas maiores cidades

Apesar de Dourados (163 casos) e Campo Grande (309 casos) apresentarem números absolutos expressivos, a incidência é considerada baixa — 67 e 34 casos por 100 mil habitantes, respectivamente. Esse dado mostra que, proporcionalmente, o risco maior está em municípios pequenos, onde o surto avança de forma mais agressiva.

Prevenção ainda é a principal arma

A chikungunya é transmitida pelo Aedes aegypti, o mesmo mosquito da dengue e da zika. Os sintomas incluem febre alta, dores intensas nas articulações, manchas vermelhas na pele e mal-estar.

As autoridades reforçam a necessidade de medidas simples, mas fundamentais: eliminar recipientes que acumulam água, manter caixas d’água tampadas e redobrar os cuidados em quintais e terrenos baldios.

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