Petista aposta no medo para compensar fracassos e manter vivo o discurso contra Bolsonaro
- por Marco Toledo
A popularidade de Lula segue em queda livre. Depois de distribuir dinheiro a adolescentes, posar de defensor da soberania e agora prometer botijões de gás em pleno ano eleitoral, 65 milhões, a um custo de R$ 5,1 bilhões, o governo não encontrou um único feito de impacto.
A gestão atual se transformou em um “museu de grandes novidades”, sem marca própria e atolada em desgastes como a taxa das blusinhas, a crise do Pix e as gafes da primeira-dama. Mesmo assim, em discurso em Belo Horizonte, o petista tentou incitar sua militância contra a anistia a Jair Bolsonaro. Mas todos sabem: há um abismo entre o que Lula diz e o que realmente pensa. A anistia ao ex-presidente, ao contrário do que afirma, poderia salvar sua candidatura, hoje vista como enfraquecida diante de uma gestão sem rumo. Sem condições de alimentar esperança nos brasileiros, Lula tenta explorar o medo. Com Bolsonaro livre em 2026, ele teria de volta o inimigo perfeito para posar de guardião das instituições, reeditar o velho discurso de risco de golpe e manter sua militância mobilizada. No fundo, Lula precisa mais da anistia do que imagina.