Além de vereador, empresário foragido por 8 meses e mais 6 réus por peculato deixam prisão

By Edivaldo Bitencourt

O juiz Fernando Moreira Freitas da Silva, da Vara Criminal de Sidrolândia, estendeu a sete réus presos na 3ª fase da Operação Tromper o habeas corpus concedido ao vereador Claudinho Serra (PSDB). Assim como o genro da prefeita Vanda Camilo (PP), acusado de chefiar a suposta organização criminosa, os denunciados pelos crimes de corrupção, peculato e fraude em licitações vão deixar a cadeia após 23 dias e usar tornozeleira eletrônica.

A decisão contempla até o empresário Ricardo José Rocamora Alves, um dos principais responsáveis pelos desvios na prefeitura, que ficou foragido por oito meses e só foi preso após ser localizado em Paranaíba, na divisa com Minas Gerais.

A revogação da prisão do tucano foi determinada na tarde de sexta-feira (26) pelo desembargador José Ale Ahmad Netto, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, após pedido de reconsideração da defesa. Ele determinou que o parlamentar seja monitorado eletronicamente, não frequente bares e seja proibido de sair de casa no período noturno.

Ao tomar conhecimento da decisão do desembargador, o juiz também revogou a prisão dos outros sete réus. “Diante da decisão do TJMS, concedendo Habeas Corpus a Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho, HC n. 1405130-39.2024.8.12.0000, determino que os efeitos da decisão sejam extensivos aos demais presos, nestes autos, mediante as mesmas condições, já que se encontram em igual situação fática. Expeçam-se alvará de soltura e mandado de monitoração eletrônica, inclusive para cumprimento durante o plantão”, determinou Silva.

Devem deixar a cadeia a ex-pregoeira Ana Cláudia Alves Flores, o ex-chefe de licitações da prefeitura, Marcus Vinicius Rossentini Andrade Costa, o assessor do vereador, Carmo Name Júnior, o advogado Milton Matheus Paiva Matos, Thiago Rodrigues Alves e os empresários Ricardo José Rocamora Alves e Ueverton da Silva Macedo, o Frescura.

Esta é a 3ª operação de grande repercussão que os presos por corrupção são liberados pelo Tribunal de Justiça. A corte também revogou a prisão dos acusados por desvios de recursos públicos nas secretarias estaduais de Educação e Saúde (Turn Off) e da prefeitura de Amambai (Laços Ocultos).

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