Por Anahi Zurutuza – CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS
Preso pelo Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), no fim da tarde de quarta-feira (26), em veículo de luxo furtado de lava-jato em Campinas (SP), Odiney de Jesus Leite Júnior, de 43 anos, pagou R$ 10 mil para deixar cadeia. O valor da fiança foi fixado pelo juiz Eduardo Eugênio Siravegna Junior durante audiência de custódia na manhã desta sexta-feira (28).
Para o magistrado, apesar da prisão em flagrante ter sido feita de maneira legal, não há motivos para manter Odiney recluso. “Destarte, considerando a excepcionalidade da prisão cautelar, a despeito dos antecedentes do autuado, tendo já cumprido totalmente pena por furto, roubo e tráfico, analisando o caso concreto constato que não estão preenchidos os requisitos para a decretação da prisão preventiva”, justificou.
Odiney chamou a atenção por estar circulando pela região do Jardim Tijuca, em Campo Grande, a bordo de um Audi Q5 preto, carro de luxo blindado. Parado pelo Bope, na Avenida Nasri Siufi, ele ficou nervoso, conforme boletim de ocorrência, e policiais constataram que tinha extensa ficha criminal – passagens por crimes como tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. Por isso, foi feita busca no veículo.
Embora nada ilegal tenha sido encontrado, policiais verificaram que o chassi era adulterado e depois, durante buscas nos sistemas da polícia, descobriu-se pelo “Muralha Paulista” que o Audi havia sido furtado de um lava-rápido em setembro de 2022. O veículo está em nome de empresário dono de garagem. Por isso, Odiney acabou preso em flagrante.
Interrogado, disse não saber que o Audi era adulterado e furtado. Contou que trabalha com uma empresa de apostas esportivas e que o diretor desta empresa, de nome Bruno Brandão, veio Campo Grande há cerca de três meses. Devido a um problema particular, o “chefe” precisou voltar às pressas para São Paulo, deixando o Audi com ele.
O homem disse que chegou a realizar viagens com o carro e acreditava estar regular. Ontem, decidiu ir buscar o sobrinho na escola, pois o Audi estava há muito tempo parado na casa, quando então acabou parado pelo Bope.
O advogado de Odiney, Rodrigo Dalpiaz, disse o cliente não sabia do furto. “Era da empresa que ele trabalha. Estava andando há mais de 6 meses, já foi parado pela polícia em BR e nunca detectaram nada”, disse.
