Após 12 anos do protesto gigante, grupos voltam às ruas contra aumento na tarifa na Capital

By Edivaldo Bitencourt

Jovens e trabalhadores estão convocando nas redes sociais e grupos de aplicativos o protesto contra o aumento de R$ 0,20 na tarifa do transporte coletivo de  Campo Grande, que passou de R$ 4,75 para R$ 4,95. A mobilização ocorre 12 anos após a maior manifestação da história da Capital contra a alta no custo do transporte coletivo, que levou 60 mil pessoas à Avenida Afonso Pena em junho de 2013.

Desta vez, o  protesto terá como slogan “Aumento NÃO” e está previsto para ocorrer a partir das 18h no Terminal Morenão, na Avenida Costa e Silva. De acordo com os organizadores, o grupo vai se encontrar no ponto de chegada e saída dos ônibus do Iracy Coelho.

“R$ 4,95 é um absurdo”, bradam os organizadores, sobre a tarifa da Capital, que passou a ser a 11ª mais cara do País. O valor é alto, apesar da qualidade do transporte oferecido pelo Consórcio Guaicurus ser uma das piores das capitais.

O movimento foi organizado por diversos grupos, dentre eles: Ligados no Transporte, Coletivo Linha Popular, Vamos à Luta, União Juventude Comunista, Juventude Socialista Brasileira, Juventude do PT. A vereadora Luiza Ribeiro também apoia o movimento.

De acordo com pesquisa do IPR, divulgada pelo Correio do Estado, 83,5% da população reprova o transporte coletivo do Consórcio Guaicurus. O Tribunal de Contas do Estado atestou que o grupo não cumpre o contrato de concessão.

Além de repassar uma fortuna em subsídio, a prefeita Adriane Lopes (PP) autorizou o reajuste. Ela aposta que não haverá mobilização. Desde o protesto de 2013, quando o então prefeito Alcides Bernal (PP) foi obrigado a recuar da proposta de reajuste e ainda reduziu a tarifa em 10 centavos, de R$ 2,85 par R$ 2,75.

Na época, a mobilização contra o aumento da tarifa levou 60 mil pessoas à Avenida Afonso Pena e foi o início do movimento que culminou no impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

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