Operação cumpre mandados em duas cidades de Mato Grosso do Sul – Crédito: Divulgação/Receita Federal
Por Adriano Moretto
Operação Ligação Familiar desencadeada na manhã desta sexta-feira (3/10) em Mato Grosso do Sul, mira grupo composto por familiares e pessoas próximas, suspeito de movimentar quase R$ 300 milhões em mercadorias contrabandeadas. Os produtos principais eram aparelhos de telefone celular de alto valor agregado.
São 10 mandados de busca e apreensão cumpridos em Campo Grande e Ribas do Rio Pardo pela Polícia Federal, Receita Federal e o Ministério Público Federal.
A suspeita é que no período de janeiro de 2020 a abril deste ano, a quadrilha tenha movimentado em torno de R$ 290 milhões utilizando notas frias para tentar encobrir a ação.

“A investigação constatou que pessoas jurídicas, vinculados a um grupo de irmãos e a amigos próximos, foram constituídas com o propósito principal de conferir aparência de legalidade a atividades ilícitas, em especial à comercialização de mercadorias de procedência estrangeira introduzidas irregularmente no país. Entre as principais características observadas nas empresas, destaca-se a emissão de notas fiscais inidôneas (conhecidas como “notas fiscais frias”), que teriam sido utilizadas com o objetivo de acobertar a comercialização e o transporte de mercadorias descaminhadas, seja por transportadoras, seja por meio dos Correios”, diz em nota a Receita Federal.
Durante o prazo citado de ação do grupo, mais de R$ 18 milhões em notas foram emitidas na tentativa de regularizar a situação.
As informações fiscais dos sócios dessas empresas apontam indícios de movimentação financeira incompatível, ocultação de renda e patrimônio, enriquecimento ilícito, além de outros indícios de fraudes tributárias.
Os responsáveis poderão responder pelos crimes de descaminho e de lavagem de dinheiro.
Participam da operação 14 Auditores-Fiscais da Receita Federal e 29 Analistas-Tributários da Receita Federal e 29 policiais federais
